Sempre que vou à sala de aula explicar dado, informação e conhecimento.
Descubro ou adquiro um novo conhecimento a partir da interação com os alunos.
O conhecimento fascina a todos e hoje é mais essencial para o crescimento pessoal e profissional a busca por novos conhecimentos e pela manutenção do conhecimento.
As pessoas são valorizadas pelo que sabem e não pelo que são, esqueça o titulo e mostre o seu conhecimento.
Se for para conceituar conhecimento diria que é o ato ou efeito de abstrair ideia ou noção de alguma coisa, citando como exemplo: conhecimento das leis do consumidor; conhecimento de um fato ou fofoca; conhecimento de um documento; saber, instrução ou cabedal científico (homem com grande conhecimento).
Vamos ver que o tema “conhecimento” inclui, mas não está limitado a, descrições, hipóteses, conceitos, teorias, princípios e procedimentos que são ou úteis ou verdadeiros.
São vários conceitos para esta palavra e é de ampla compreensão que conhecimento é aquilo que se sabe de algo ou alguém.
Isso em um conceito menos específico. Contudo, é indispensável abordar dado e informação.
Dado é um emaranhado de códigos decifráveis ou não é o desenho do homem das cavernas é cada símbolo que vemos ou que lemos.
O alfabeto russo, por exemplo, para leigos no idioma, é simplesmente um emaranhado de códigos sem nenhum significado especifico.
Algumas letras são simplesmente alguns números invertidos e mais nada.
Porém, quando estes códigos até então indecifráveis, passam a ter um significado próprio para aquele que os observa, estabelecendo um processo comunicativo, a este denominamos de informação a partir da decodificação destes dados.
Diante disso, podemos até dizer que dado não é somente códigos agrupados, mas também uma base ou uma fonte de absorção de informações que poderá ou não produzir conhecimento.
Então, informação seria aquilo que se tem através da decodificação de dados, não podendo existir sem um processo de comunicação ou transmissão dos dados.
Essas informações adquiridas servem de base para a construção ou formação do conhecimento.
Segundo esta afirmação, o conhecimento deriva das informações absorvidas vividas ou não pelo individuo.
Constrói-se conhecimento nas interações com outras pessoas, com o meio físico e natural com as experiências ou estudo.
Podemos conceituar conhecimento da seguinte maneira: conhecimento é aquilo que se admite a partir da captação sensitiva sendo assim acumulável a mente humana.
Isso significa que o homem adquire algo de alguma forma, seja através de informações ou experiências que lhe são apresentadas, com um propósito específico ou não.
O conhecimento distingue-se da mera informação porque está associado a uma intencionalidade.
Tanto o conhecimento quanto a informação consistem em declarações verdadeiras, mas o conhecimento tem uma finalidade ou utilidade específica.
De acordo com alguns autores, é incorreto afirmar que “o conhecimento pode ser reduzido a informações representadas em um computador”.
É totalmente equivocado falar de uma “base de conhecimento” em um computador.
No máximo, podemos ter uma “base de informação”. No entanto, se for possível processá-la no computador e transformar seu conteúdo, e não apenas sua forma, teremos uma base de dados tradicional que pode ser denominada de base de conhecimento como título daquele segmento no banco de dados ou base de dados, na minha opinião.
O titulo não altera o conteúdo a interpretação é que vai trazer ou não conhecimento aos agentes.
Associamos informação à semântica. Conhecimento está associado com pragmática, isto é, relaciona-se com alguma coisa existente no “mundo real” do qual temos uma experiência direta.
É possível aprender o conhecimento tanto como um processo quanto como um produto, por meio da experiência. Quando acumulamos teorias, ideias e conceitos, o conhecimento surge como um produto resultante da interação ou associação dessas aprendizagens. No entanto, como todo produto está intrinsecamente ligado a um processo, podemos olhar o conhecimento como uma atividade intelectual, através da qual a pessoa apreende algo externo a ela
Se ele é uma atividade intelectual temos então uma capacidade humana.
A definição clássica de conhecimento, originada em Platão, diz que ele consiste de crença verdadeira e justificada. Aristóteles divide o conhecimento em três áreas: científica, prática e técnica.
Classificação do Conhecimento
Além das concepções de Aristóteles e Platão, podemos classificar o conhecimento em várias designações ou tipos:
Conhecimento sensorial
É o conhecimento comum entre seres humanos e animais. Obtido a partir de nossas experiências sensitivas e fisiológicas (tato, visão, olfato, audição e paladar).
Conhecimento intelectual
Esta categoria é exclusiva ao ser humano; trata-se de um raciocínio mais elaborado do que a mera comunicação entre corpo e ambiente. Aqui já se pressupõe um pensamento, uma lógica. O raciocínio.
Conhecimento popular
É a forma de conhecimento do tradicional (hereditário), da cultura, do senso comum, sem compromisso com uma apuração ou análise metodológica. Não pressupõe reflexão, é uma forma de apreensão passiva, acrítica e que, além de subjetiva, é superficial. “Manga com leite faz mal” “Sair do banho quente e pular na piscina entorta o corpo”.
Conhecimento científico
Preza pela apuração e constatação. Busca por leis e sistemas, no intuito de explicar de modo racional aquilo que se está observando. Não se contenta com explicações sem provas concretas; seus alicerces estão na metodologia e na racionalidade. Análises e experiências são fundamentais no processo de construção e síntese que o permeia, isso, aliado às suas demais características, faz do conhecimento científico quase uma antítese do popular.
Conhecimento filosófico
Mais ligado à construção de ideias e conceitos. Busca as verdades do mundo por meio da indagação e do debate; do filosofar. Portanto, de certo modo assemelha-se ao conhecimento científico – por valer-se de uma metodologia experimental, mas dele distancia-se por tratar de questões imensuráveis, metafísicas. A partir da razão do homem, o conhecimento filosófico prioriza seu olhar sobre a condição humana.
Conhecimento teológico
Conhecimento adquirido a partir da fé teológica é fruto da revelação da divindade.
O teólogo tem como objetivo demonstrar a existência de Deus e afirmar que Ele inspirou a escrita dos textos bíblicos, tornando-os verdades absolutas e incontestáveis. O teólogo busca, por meio de análises teológicas e filosóficas, fornecer evidências sólidas para a existência de um ser superior e a autenticidade das Escrituras Sagradas.
A fé pode basear-se em experiências espirituais, históricas, arqueológicas e coletivas que lhe dão sustentação.
Conhecimento intuitivo
Inato ao ser humano, o conhecimento intuitivo diz respeito à subjetividade. Às nossas percepções do mundo exterior e à racionalidade humana. Manifesta-se de maneira concreta quando, por exemplo, tem-se uma epifania.
Intuição sensorial / empírica
“A intuição empírica é o conhecimento direto e imediato das qualidades sensíveis do objeto externo: cores, sabores, odores, paladares, texturas, dimensões, distâncias. É também o conhecimento direto e imediato de estados internos ou mentais: lembranças, desejos, sentimentos, imagens.” (in: Convite à Filosofia; CHAUÍ, Marilena).
Intuição intelectual
A intuição com uma base racional. A partir da intuição sensorial você percebe o odor da margarida e o da rosa. A partir da intuição intelectual você percebe imediatamente que são diferentes. Não é necessário demonstrar que a “parte não é maior que o todo”, é a lógica em seu estado mais puro; a razão que se compreende de maneira imediata.
O Mais Importante
O mais importante é que comunicamos com os dados, transmitimos informação e adquirimos ou não conhecimento. O conhecimento vai nos possibilitar cada vez mais conhecimento. Em uma era digital e com a vasta quantidade de informação disponível com facilidade através dos diversos protocolos e modelos de comunicação hoje somos indispensáveis desde que tenhamos conhecimento!